quinta-feira, 6 de novembro de 2014

ILUSÃO, UMA MENINA SEM NOME!


  

A ilusão
Foi sequestrada
Noite passada.
Arrastada,
Puseram-lhe mordaças,
Impugnaram-lhe o sorriso,
Num disfarce transitório
Para inibir o silêncio,
Forjado de certa forma,
Ao grito de medo
Que seria o estopim aceso
Qual centelha na escuridão
A implosão de um coração,
Cárcere definitivo
Do corpo tão jovem.
Mãos atadas na tocaia
A caminho da praia,
Sozinha e acuada,
Naquela fria madrugada.
Um tiro calou a esperança.


 Marcos Mendes Pontevedra / Exílio dos Sonhos - Poesia

ISBN Nº 978-85-7984-843-8 - Editora Livre Expressão -SP



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